Entre os meses de junho e julho foram iniciadas as atividades de pesquisa de história natural dos peixes nas quatro regiões hidrográficas contempladas pelo projeto. Ao longo dos Rios São Francisco, Cipó e Pandeiros, todos pertencentes a Bacia do São Francisco, foram estabelecidos oito pontos de mergulho para observação dos peixes. Vários critérios são considerados para a escolha do ponto amostral, principalmente visibilidade, segurança nos mergulhos, grau de preservação ambiental e logística.

A – Rio São Francisco, próximo a cabeceira, em Vargem Bonita; B – Rio Cipó em Santana do Pirapama; C – Rio São Francisco, a jusante do reservatório, em Três Marias; D – Rio Pandeiros em Januária; E – Montagem do equipamento para realização de mergulho autônomo; F – Preparação logística dos mergulhos

Nos pontos amostrais escolhidos, foram conduzidos mergulhos livres diurnos e noturnos, além de mergulhos autônomos para observações mais prolongadas, totalizando cerca de 250 horas de investigação científica. Todas as espécies de peixes passíveis de observação foram documentadas audiovisualmente para posterior análise de dados.

A a E – Mergulho livre; D – Mergulho noturno; F – Mergulho autônomo

Várias espécies de peixes foram registradas em todos pontos amostrais, com destaque para os Rios Pandeiros e Cipó que apresentaram grande diversidade ictiofaunística. Na cabeceira do Rio São Francisco foram observadas diversas espécies de menor porte com afinidade à corredeiras, como lambaris, canivetes, timburés e cascudos, enquanto na calha foram documentados curimatãs, dourados, matrinxãs e mandis, espécies que alcançam maior porte e realizam migração reprodutiva.

A – Charuto (Parodon hilarii); B – Canivete (Apareiodon ibitiensis); C – Curimatá-pacu (Prochilodus argenteus); D – Curimatá-pioa (Prochilodus costatus); E – Joaninha (Crenicichla lepidota) no primeiro plano e mato-grosso (Hyphessobrycon eques) no segundo plano; F – Mandi-amarelo (Pimelodus maculatus)